Está chegando a Páscoa, muitas pessoas estão preocupadas com
seus ovos de chocolate, com as suas fartas refeições e muitos que até pretendem
se embriagar, mas esquecem do real significado da Páscoa que vai muito além dos
colhinhos...
A origem da celebração da Páscoa está na história judaica
relatada na Bíblia, no livro chamado “Êxodo”. Êxodo significa saída, e é
exatamente a saída dos judeus do Egito que esse livro relata.
Quando Ramsés II, rei do Egito, subiu ao trono, apavorou-se
com o crescimento do povo de Israel, achando que esse crescimento colocava em
risco o seu poder. Essa preocupação, deu início a uma série de ordens e obras
que levaram os judeus a um período de grande sofrimento.
A Bíblia nos ensina que Deus, vendo o que se passava com seu
povo, escolheu Moisés para tirá-los dessa situação, dando a ele os poderes
necessários para o cumprimento da missão. Na semana em que o povo de Israel
iniciou sua jornada para sair do Egito, Deus ordenou que comessem ervas
amargas, pão sem fermento e sacrificassem um cordeiro por família.
Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em judaico
significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra
Páscoa.
Jesus Cristo deu novo significado à Páscoa. Ele trouxe a
mensagem da salvação, amor, reconciliação entre o homem e Deus, esperança de
uma vida melhor, trouxe o ensinamento para que o povo se libertasse dos
sofrimentos e das maldades praticadas naquela época.
A morte de Jesus Cristo representa o fim dos sofrimentos e a
vitória sobre a morte e o pecado. A sua ressurreição simboliza o início de uma
vida nova, baseada na vontade de Deus.
Antes da morte, ou melhor, a crucificação da carne de Jesus,
no dia que antecede a sexta-feira do sacrifício,o Senhor fez questão de realizar sua última refeição com seus discípulos: “Persisti
em fazer isso em memória de mim.” (I Coríntios 11, 24). “Tende bom ânimo, eu
venci o mundo.” (João 16, 33). Com tais
palavras de consolo encorajamento, Jesus fortaleceu seus 11 apóstolos
fiéis na noite antes de ele morrer. Jesus havia provado que vencera o mundo!
Havia resistido com bom êxito todas as tentativas de seu Adversário, Satanás, o
Diabo, de violar a sua lealdade a Jeová. E agora, confrontado com a morte numa
estaca de tortura dentro de poucas horas, estava confiante de que manteria seu
proceder de fiel integridade até o fim.
Este acontecimento de importância universal ocorreu há mil
novecentos e cinqüenta e dois anos, no dia 14 de nisã, o primeiro mês lunar do
calendário sagrado judeu. Este dia nunca seria esquecido pelos seguidores
devotos dos passos de Jesus. Para garantir que seus seguidores leais nunca esquecessem
o significado do que então havia de ocorrer, Jesus instituiu uma refeição
noturna, comemorativa, especial, descrita pelo apóstolo Paulo como “a refeição
noturna do Senhor”. Sob inspiração divina, Paulo conta que nesta ocasião Jesus
ordenou aos seus discípulos então presentes: “Persisti em fazer isso em memória
de mim” (I Coríntios 11, 20, 24). Se estiver interessado em ser um dos
seguidores de Jesus, reconhece por que ele mandou que se fizesse isso, o que
isso requer que você faça e o que significa para o seu futuro?
Não foi a primeira vez na história do homem que o 14 de nisã
havia sido reservado como dia de recordações. Em 1513 AC, Deus ,
por meio de seu servo Moisés, ordenou aos israelitas: “Este dia [14 de nisã]
terá de servir-vos de memorial e tereis de celebrá-lo como festividade a Jeová
nas vossas gerações.” O que motivou a celebração lá naquele tempo? O próprio
Jeová respondeu: “É o sacrifício da páscoa a Deus que passou por alto as casas dos
filhos de Israel no Egito quando feriu os egípcios.” — Êxodo 12, 14, 27.
Aquela espantosa libertação de todo primogênito israelita no
Egito, envolvendo tanto homem como animal, ocorreu naquela noite de 14 de nisã.
Foi o ponto culminante de nove golpes precedentes contra os deuses demoníacos
adorados pelos egípcios, destacando o propósito de Deus, anteriormente
declarado ao orgulhoso Faraó: “De fato, por esta razão te deixei em existência:
para mostrar-te meu poder e para que meu nome seja declarado em toda a terra.”
Alguns dias mais tarde, o nome e o poder de Deus ficaram ainda mais manifestos
quando ele libertou milhões de israelitas e uma grande mistura de gente, no Mar
Vermelho, quando afogou a flor dos exércitos de Faraó. Não é de admirar que
Moisés e os filhos de Israel cantassem: “Cante eu a Jeová, porque ficou
grandemente enaltecido”! (Êxodo 9, 16; 15, 1).
Depois de os israelitas terem tomado posse da terra
prometida ao seu antepassado Abraão, a Páscoa devia ser celebrada nacionalmente
uma vez por ano, em Jerusalém, em obediência à ordem de Deuteronômio 16, 1-8. Deus
providenciou assim que o 14 de nisã se destacasse sempre na mente do seu povo
típico. A que fim servia isso? Devia ser um dia para enaltecer o nome de Deus,
para recordar seus grandes atos de libertação. Portanto, séculos mais tarde, o
significado da Páscoa teria destaque no coração e nos pensamentos dos pais de
Jesus, os quais, conforme somos informados, “de ano em ano . . .
costumavam ir a Jerusalém para a festividade da páscoa”. Segundo o costume
judaico, seu filho Jesus os acompanhava. — Lucas 2, 41,42.
Depois do batismo de Jesus no Jordão e do começo do seu
ministério, é de se supor que continuava a celebrar a Páscoa com Maria, sua mãe
terrena, e os filhos dela, seus meios-irmãos. No entanto, para o 14 de nisã de
33, Jesus providenciara celebrar a festividade com seus 12 apóstolos. O
relato de Lucas nos conta o que Jesus achava desta ocasião: “Tenho desejado
muito comer este jantar da Páscoa com vocês, antes do meu sofrimento!” (Lucas
22, 15)
Por que este grande desejo da parte de Jesus? Porque ele
sabia da importância dos acontecimentos que se desenrolariam dentro em breve,
naquele dia memorável, que havia começado com o pôr-do-sol. Jesus sabia também
que esses eventos eclipsariam em muito o que acontecera lá em 1513 AC. Enalteceriam o
nome de Deus mais do que em qualquer tempo anterior e lançariam a base da
derradeira bênção para todas as famílias da terra. Também, ele tinha muito a
dizer aos seus discípulos, antes de morrer, infundindo neles coragem para
permanecerem seus seguidores leais. Os relatos pormenorizados dos Evangelhos
nos permitem como que ouvir o que Jesus disse e presenciar o que fez. — João
12:31; 17:26.
Jesus Cristo é a nossa Páscoa, pois como cordeiro foi morto
e todo aquele que aceita a morte e ressurreição de Jesus Cristo passa da morte
para a vida, das trevas para a luz. A celebração da Páscoa representa uma
oportunidade de fazermos uma retrospectiva em nossas vidas, e estabelecermos um
ponto de recomeço, de sermos melhores, de sairmos do “Egito”, que simboliza
sofrimento, tristezas e opressão e entrarmos numa nova vida de paz e alegria
através de Jesus Cristo.
Graça e Paz de Jesus
E muito mais promoções
Nenhum comentário:
Postar um comentário